Os Dirigentes

Flávia Barros
Trajetória Espiritual por: Flávia Barros
Desconhecia o que era Umbanda até os meus 15 anos, já que vinha de uma família Católica. Já a partir do início do meu relacionamento com meu esposo Luis Fernando Barros, aí sim, tudo teria início. Parece que o Astral Superior me enviou um ser que traria a missão que hoje desenvolvo com muita alegria. E foi assim, primeiro uma pessoa bem próxima a nós incorporava o Caboclo Folha Seca, entidade responsável por aquilo que seria meus primeiros passos. Mais tarde, resolvi aceitar o chamado do plano Espiritual e acompanhei meu marido no Templo Umbandista A Caminho da Luz, onde oficialmente me iniciei na Umbanda. Foram quase 20 anos, sendo grande parte trabalhando nas giras públicas de consulta. Como havia encerrado nosso ciclo, depois de algum tempo, fomos à procura de outra casa de Umbanda, quando então chegamos ao Templo A Caminho da Paz, onde o dirigente, Armando Fernandes, nos acolheu de braços abertos. Ainda estávamos na mesma instituição, quando um dia Dona Jurema incorporou em minha residência, determinando a abertura do TEMPLO ESTRELA DO ORIENTE. Inaugurada a Casa da Cabocla da Praia, agradecemos por tudo que o Templo A Caminho da Paz havia feito por nós e partimos para cumprir a missão que nos foi confiada. Já são muitos anos de caridade prestada, desde a fundação da Casa da Cabocla Jurema da Praia em 2007. E missão é isso: ninguém habita neste planeta sem um objetivo, sem uma finalidade maior. Cada um tem sua missão na Terra. Cada um pode ser útil para alguma coisa. É tempo de descoberta e de ação. Cada dia na Terra é uma oportunidade única que não pode mais ser desperdiçada com as distrações e ilusões que criamos ao longo de nossas encarnações. O TEMPLO ESTRELA DO ORIENTE continua sua missão neste plano, até que Deus permita. Vamos trabalhar! Amo Vocês! *Feitura no santo em 29/04/1999.
Luis Fernando Barros
Trajetória Espiritual por: Luis Fernando Barros
Minha relação com esta nossa religião dos orixás começou bem cedo, já que minha avó materna foi dirigente do Centro Espírita Ogum Beira Mar, por cerca de 60 anos, o qual era localizado à Rua do Resende, 26, no Centro da Cidade do Rio de Janeiro. Além de minha avó, minha mãe, meus tios e meu avô materno, sempre mantiveram estreitas relações com a Umbanda, razões pelas quais, segundo os mesmos, levavam-me, desde tenra idade, não só à casa que minha avó dirigia, como também à outros Terreiros. Vale ressaltar, que minha avó me contava que eu havia sido colocado nos braços do Caboclo Tupi, com quem ela trabalhava, com cerca de 15 dias de nascido, recebendo ali a “primeira baforada” de um charuto, o que me faz ter a certeza de ter sido escolhido pela Umbanda desde cedo. Porém, iniciei-me como ogã aos 15 anos de idade, no Templo Umbandista A Caminho da Luz, situado no bairro das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, onde tive a oportunidade de estudar, aprender e praticar esta nossa querida Umbanda por 26 longos anos. Após este longo período, quis a espiritualidade que vislumbrássemos outros caminhos, através dos quais pudemos reciclar os ensinamentos absorvidos, revendo conceitos, além da chance de uma nova visão em relação a determinados temas. Devo confessar que a saída da instituição na qual me iniciei foi um dos períodos mais difíceis de minha jornada mediúnica. Mas como o Astral Superior nunca deixa um filho de fé desamparado, o Universo Espiritual me abriu as portas do Templo A Caminho da Paz, no bairro do Encantado, RJ, instituição madrinha do TEMPLO ESTRELA DO ORIENTE. E foi durante o período em que éramos médiuns do Cantinho de Pai Cipriano (Templo A Caminho da Paz), que foram dadas as recomendações pela nossa Mãe Espiritual, Cabocla Jurema da Praia, para que o TEMPLO ESTRELA DO ORIENTE fosse aberto por mim e minha esposa em 2007, onde estamos até hoje buscando o conhecimento, o aperfeiçoamento moral e ajudando à todos aqueles que batem à nossa porta.
Finalmente, meus irmãos, a missão é desafiadora, exige-nos muita dedicação, renúncias, porém é gratificante. Também é necessária a presença de novos médiuns trabalhadores nesta nossa seara, pois há uma cultura muito antiga, onde se valoriza apenas a mediunidade de incorporação, como se a mesma fosse a única engrenagem capaz de mover esta grande máquina de fazer caridade denominada Umbanda. Ledo engano! Cabe-nos, como médiuns que somos, preocupados com o futuro das gerações vindouras e com um compromisso assumido com elas, orientar, preparar, incentivar o surgimento de novos irmãos trabalhadores do “Exército Branco” de Oxalá, pois as recompensas que a espiritualidade nos prepara são infinitamente maiores do que qualquer esforço que possamos despender agora. Somente o Universo de Guias e Orixás é quem sabe onde cada um deve chegar. Resta-nos a tarefa de executar e tentar entender os desígnios do astral superior, com garra, pureza de propósitos, coração aberto e sem nunca desanimar.
*Feitura no santo em 15/12/1995